Cerca de 120 mil civis ainda presos em Mariupol, diz Zelensky

O chefe de Estado da Ucrânia garantiu ainda que o país "ofereceu todas as opções" à Rússia para possibilitar a abertura de uma passagem segura para que militares e civis pudessem escapar de Mariupol.

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© SERGEI SUPINSKY/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto
21/04/2022 16:13 ‧ 21/04/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Rússia/Ucrânia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou esta quinta-feira que cerca de 120.000 civis foram impedidos de abandonar a citada sitiada de Mariupol durante o dia de hoje, reporta a Reuters.

As declarações foram proferidas depois do ministro da Defesa da Rússia, Sergei Sgoigu, ter afirmado que as suas tropas tomaram já o controlo da maior parte da cidade do sul da Ucrânia.

A este propósito, Zelensky veio esclarecer que a Rússia controla a maior parte da cidade, mas que as tropas ucranianas permanecem numa parte da mesma. Os militares ucranianos que ainda se encontram em Mariupol estão, neste momento, encurralados na fábrica de aço Azovstal, juntamente com cerca de 1.000 civis, de onde têm vindo a resistir ao cerco russo.

O chefe de Estado da Ucrânia garantiu ainda que o país "ofereceu todas as opções" à Rússia para possibilitar a abertura de uma passagem segura para que militares e civis pudessem escapar de Mariupol. Porém, diz ainda estar à espera de uma resposta da Rússia neste âmbito. 

A cidade de Mariupol tem sido uma das mais fortemente atacadas pelos bombardeamentos russos desde o início da guerra, estimando-se que o número de fatalidades possa ascender aos milhares. Falta de água, alimentos e eletricidade têm vindo a afetar, também, muitos dos cidadãos locais.

A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de cinco milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU. Trata-se, assim, da pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: AO MINUTO: Rússia não respondeu a Guterres; "Vida pacífica" em Mariupol?

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