Porta-voz da diplomacia dos EUA "honrado" por ser sancionado pela Rússia

O porta-voz da diplomacia norte-americana, Ned Price, manifestou-se hoje "honrado" por ser alvo das mais recentes sanções de Moscovo, que visam também a vice-Presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, ou o líder da Meta, Mark Zuckerberg.

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© CAROLYN KASTER/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
22/04/2022 06:38 ‧ 22/04/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

 

A Rússia proibiu hoje 29 políticos, personalidades dos 'media' e empresários norte-americanos de entrar no seu território, em retaliação às sanções impostas por Washington contra Moscovo, por causa da invasão da Ucrânia.

Entre as pessoas visadas que estão agora por esta medida, cuja lista foi publicada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, incluem-se o líder da empresa de tecnologias de informação Meta, Mark Zuckerberg, e a vice-Presidente norte-americana, Kamala Harris.

Ned Price, também visado nestas sanções, confessou ser uma "honra" estar nesta lista.

"Devo dizer que é uma honra incorrer na ira de um governo que mente para seu próprio povo, maltrata os seus vizinhos e procura criar um mundo onde a independência e a liberdade estejam em perigo", sublinhou o porta-voz da diplomacia norte-americana aos jornalistas.

A Rússia também anunciou hoje a proibição de entrada a 61 personalidades canadianas, em retaliação às sanções impostas por Ottawa contra Moscovo.

Estes cidadãos canadianos, sobretudo responsáveis do Governo ou militares, "estão impedidos de entrar na Rússia por um período indefinido", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, em comunicado.

Na lista de visados norte-americanos, encontra-se ainda os nomes da vice-ministra da Defesa, Kathleen Hicks, e o porta-voz do Pentágono, John Kirby.

Também há várias figuras do mundo das finanças, como o presidente do Bank of America, Brian Moynihan, e do mundo da indústria de Defesa, como a líder da Northrop Grumman, Kathy Warden.

No campo dos 'media', estão nomes como George Stephanopoulos, co-apresentador do programa matinal da estação televisiva ABC, Good Morning America, e David Ignatius, colunista do jornal Washington Post.

A diplomacia russa justifica esta medida dizendo que esses "jornalistas e especialistas" defendem uma "agenda russofóbica".

Na lista canadiana, encontra-se o diretor de comunicações do primeiro-ministro Justin Trudeau, Cameron Ahmad, e o comandante das forças especiais, Steve Boivin.

Anteriormente, a Rússia já tinha sancionado várias centenas de figuras norte-americanas e canadianas, incluindo os líderes Joe Biden e Justin Trudeau.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: UE adiciona 8 pessoas e 4 entidades à lista de sanções da Coreia do Norte

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