Os militares ucranianos, isolados na siderúrgica de Azovstal, recusam render-se. Esta quinta-feira, a Rússia anunciou ter tomado controlo da cidade de Mariupol, embora tenha cancelado o assalto proposto à zona industrial, onde se encontra o último reduto da resistência ucraniana na cidade.
Afirmou contudo, que esta está sob forte controlo para que nem uma mosca escape aos olhos das forças russas. Anunciou, ainda, que aqueles que saíssem da fábrica seriam acolhidos e mantidos em segurança.
Apesar disso, os militares não têm intenções de abandonar o local, segundo prova um vídeo divulgado hoje pelo capitão Svyatoslav Palamar, do batalhão de Azov. "Digo sempre que enquanto estivermos aqui, Mariupol mantém-se sobre controlo ucraniano", afirma, em declarações à BBC, naqueles que serão os primeiros comentários vindos do último reduto ucraniano, após as afirmações de Putin.
Mariupol steelworks: 'We have wounded and dead inside the bunkers' https://t.co/lj4R9dvAoL
— BBC News (World) (@BBCWorld) April 21, 2022
O mesmo militar afirma que Azovstal tem sido alvo de sucessivos bombardeamentos, estando praticamente todos os edifícios destruídos e havendo vários mortos nos bunkers onde se encontram abrigados.
"Mariupol continua a ser dos ucranianos, independentemente daquilo que eles dizem", atira.
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