As autoridades alemãs que atuam em nome dos procuradores portugueses terão já efetuado o primeiro questionário formal ao alemão Christian Brueckner a propósito do desaparecimento de Madeleine McCann.
De acordo com o jornal britânico Mirror, que cita "fontes próximas ao caso", foi entregue a Christian Brueckner um documento na prisão informando-o de que estava a ser constituído arguido no processo de desaparecimento de Maddie no dia 3 de maio de 2007. Esta terá sido a primeira vez que o alemão foi formalmente questionado sobre o caso após as autoridades alemãs o terem nomeado como principal suspeito em 2020.
Uma das questões feitas ao alemão foi acerca do seu paradeiro na noite do desaparecimento da menina britânica de três anos. O alemão, constituído arguido pelo caso, recusou responder.
Brueckner recusou também responder a todas as perguntas que lhe foram colocadas durante o interrogatório na prisão, mantendo o direito ao silêncio. Estas questões foram preparadas por procuradores portugueses e incluídas numa Carta de Requerimento Internacional formal enviada às autoridades alemãs antes da confirmação - na noite de quinta-feira, dia 21 de abril - de que este tinha sido constituído arguido em Portugal.
O jornal britânico afirma ainda que só terão novos desenvolvimentos após o trabalho forense que decorre com amostras retiradas da caravana que Brueckner usava no período em que morava no Algarve.
Fonte portuguesa citada pelo jornal Mirror descreve os resultados como “potencialmente cruciais”. A recolha de ADN após 15 anos é possível, embora bastante difícil.
Recorde-se que Christian Brueckner foi constituído arguido no caso numa altura em que se está prestes a completar 15 anos do desaparecimento da criança. O alemão viveu no Algarve entre 1995 e 2007 e registos telefónicos colocam-no na área da Praia da Luz no dia em a criança inglesa desapareceu.
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