A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) afirmou, este sábado, que membros de uma missão no leste na Ucrânia, nas linhas da frente em Donetsk e Lugansk, foram detidos, mas não especifica quem foram as forças militares no local a fazê-lo.
Num comunicado, citado pela Sky News, a organização conta estar "extremamente preocupado por um número de membros da missão nacional da OSCE foram privados da sua liberdade em Donetsk e Lugansk".
Acrescenta ainda a OSCE que "está a usar todos os canais disponíveis para garantir a sua libertação".
The OSCE is extremely concerned that a number of @OSCE_SMM national mission members have been deprived of their liberty in Donetsk and Luhansk and is using all available channels to facilitate their release.
— OSCE (@OSCE) April 23, 2022
A OSCE é uma organização internacional que intervêm em situações de conflito, realizando missões de supervisão a casos de direitos humanos, crimes de guerra e ajudando a garantir eleições livres.
A missão da OSCE tem estado na Ucrânia a monitorizar a ocorrência de crimes de guerra, seja no Donbass ou nas cidades recentemente libertadas pelas forças ucranianas, onde evidências de massacres contra civis foram descobertas.
Desde o início da invasão da Rússia a 24 de fevereiro, já morreram mais de 2.400 civis ucranianos na guerra, segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a agência da ONU alerta que o número real de mortos deverá ser muito superior, tendo em conta o elevado número de civis mortos em cidades bombardeadas e sitiadas pelos russos, e as valas comuns que vão sendo encontradas em cidades após a retirada de tropas.
Leia Também: OSCE encontrou "padrões claros" de crimes contra a humanidade na Ucrânia