Ucrânia: Kyiv acusa Moscovo de pretender "desestabilizar" a Transnístria

A Ucrânia acusou hoje a Rússia de pretender "desestabilizar" a região separatista moldava pró-russa da Transnístria, junto à fronteira ucraniana, após uma série de explosões que suscitaram o receio de um alastramento da guerra no país vizinho.

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Lusa
26/04/2022 19:31 ‧ 26/04/2022 por Lusa

Mundo

Rússia/Ucrânia

"A Rússia pretende desestabilizar a região da Transnístria, o que sugere que a Moldova deverá aguardar a vista de 'convidados'", declarou no Twitter o conselheiro da presidência ucraniana Mikhailo Podoliak, numa referência aos soldados russos que invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro.

"Se a Ucrânia cair, amanhã as tropas russas estarão às portas de Chisinau", a capital moldava, prosseguiu Podoliak, apelando ao "trabalho em equipa" para que Kiev possa "garantir a segurança estratégica da região".

Os serviços de informações militares ucranianos asseguraram por sua vez no Telegram que Moscovo está a preparar um "ataque com mísseis contra a Transnístria com vítimas civis", para de seguida acusar Kiev.

Os soldados russos presentes na Transnístria foram colocados em "estado de alerta total", afirmou em paralelo o Ministério da Defesa ucraniano.

A Moldova, que reuniu hoje o seu conselho de segurança, apelou à "calma" e anunciou medidas para reforçar a segurança, denunciando as explosões ocorridas na Transnístria como uma "tentativa para aumentar as tensões".

Estas explosões ocorreram na segunda-feira e hoje nesta região separatista apoiada económica e militarmente pela Rússia. Danificaram uma torre de rádio, colocando fora de serviço duas "potentes" antenas que estabeleciam a ligação das frequências radiofónicas russas.

A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,16 milhões para fora do país, ainda de acordo com a organização.

Leia Também: AO MINUTO: Guterres quer "corredores", Putin diz que "funcionam"

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