A Ucrânia ataca regularmente alvos militares e instalações energéticas na Rússia, em retaliação pelos ataques diários do Kremlin contra o seu território desde fevereiro de 2022.
"Na sequência de um ataque maciço de 'drones' no distrito de Chertkovsky, deflagrou um incêndio" numa instalação petrolífera, declarou Slioussar no Telegram, sem dar mais pormenores.
"Os serviços de emergência em serviço acorreram ao local" e o pessoal foi retirado da instalação, sem causar vítimas, acrescentou Slioussar.
O canal Baza, na rede social Telegram e próximo das forças russas, publicou um vídeo que mostrava um incêndio no bairro de Chertkovsky, durante a noite.
Numa declaração posterior, o governador Yuri Sliusar acrescentou que tinha deflagrado um outro incêndio "num armazém" na aldeia de Sokhranovka, "devido à queda de destroços de 'drones'".
Sokhranovka é um dos dois pontos históricos de entrada de gás russo na Ucrânia, mas a circulação de gás para a Europa foi invadida desde que Kyiv declarou "força maior" em maio de 2022, na sequência do ataque russo.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no quarto ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais.
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