China visa exportações agrícolas dos EUA em resposta a taxas de Trump

A China está a ponderar a adoção de medidas contra as exportações agrícolas e alimentares norte-americanas, em resposta à decisão dos Estados Unidos de aumentar em 20% as taxas sobre produtos chineses, informou hoje a imprensa oficial.

Notícia

© iStock

Lusa
03/03/2025 11:07 ‧ há 7 horas por Lusa

Mundo

China

"Se os Estados Unidos persistirem na aplicação de taxas unilaterais e oficializarem estas medidas, a China responderá com contramedidas firmes e enérgicas", advertiu o Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, depois de os EUA terem prometido impor mais taxas alfandegárias sobre os produtos chineses, a partir de 04 de março.

 

A possível retaliação incluiria medidas tarifárias e não tarifárias, com os produtos agrícolas e alimentares dos EUA entre os principais alvos, escreveu o jornal, que cita uma fonte anónima do regime chinês.

Na passada sexta-feira, o Ministério do Comércio chinês expressou em comunicado a "firme oposição" aos planos dos EUA, acrescentando que a China afirmou "repetidamente" que "as taxas unilaterais violam as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC)" e "prejudicam o sistema comercial multilateral".

O Presidente norte-americano, Donald Trump, comprometeu-se a impor uma taxa adicional de 10% à China - já tinha anunciado 10% anteriormente - com o argumento de que o país não fez esforços suficientes para combater a entrada de fentanil nos EUA.

O Ministério do Comércio chinês afirmou que "a China é um dos países com as políticas de controlo de drogas mais rigorosas e abrangentes do mundo" e que tem cooperado ativamente nesta questão com todas as nações do mundo, "incluindo os Estados Unidos".

Trump fez depender as taxas de "progressos" na luta contra o tráfico de fentanil, anunciando também taxas de 25% contra o México e o Canadá. "As drogas estão a vir do México e muitas delas estão a vir da China; não todas, mas muitas delas estão a vir da China", disse.

Pequim respondeu no mês passado à primeira ronda de taxas de Trump com tarifas entre 10% e 15% sobre certos produtos dos EUA, bem como novos controlos de exportação de minerais essenciais e uma investigação antimonopólio contra o gigante tecnológico norte-americano Google.

Na primeira presidência (2017-2021), Trump teve uma relação tensa com Pequim ao impor várias rondas de taxas sobre bens oriundos da China, às quais o país asiático respondeu com taxas sobre as exportações dos EUA.

Leia Também: China mantém posição sobre guerra e evita comentar reunião Trump/Zelensky

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas