O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, esta segunda-feira, dias após ambos terem protagonizado uma discussão acesa na Sala Oval da Casa Branca.
Na sua rede social, a Truth Social, o republicano reagiu a uma declaração de Zelensky, que afirmou, na noite de domingo, que um acordo para acabar com a guerra entre a Ucrânia e a Rússia "ainda está muito, muito longe".
"Esta é a pior declaração que poderia ter sido feita por Zelensky e a América não vai tolerar isso por muito mais tempo! É o que eu estava a dizer, este tipo não quer que haja paz enquanto tiver o apoio da América", afirmou Trump.
"A Europa, na reunião que teve com Zelensky, afirmou categoricamente que não pode fazer o trabalho sem os EUA - provavelmente não foi uma grande declaração a ser feita em termos de demonstração de força contra a Rússia. Em que é que estão a pensar?", acrescentou.
Posteriormente, Zelensky recorreu à rede social X para reafirmar que a "paz é necessária o mais rapidamente possível", mas tem de ser uma "paz verdadeira".
As declarações de Zelensky sobre o fim da guerra surgiram no âmbito da cimeira de Londres, que decorreu no domingo e juntou líderes de 14 países europeus, incluindo Ucrânia e Noruega, mais dirigentes do Canadá, Turquia, União Europeia e NATO.
O Reino Unido, França, Ucrânia e outros países não especificados concordaram em trabalhar num plano de paz que será depois apresentado aos Estados Unidos.
A cimeira ocorreu após, na sexta-feira, na Sala Oval da Casa Branca, Trump e o seu vice-presidente, JD Vance, terem acusado o líder ucraniano de não estar grato pela ajuda norte-americana e de recusar conversações de paz.
O confronto levou o presidente ucraniano a abandonar prematuramente a Casa Branca, sem assinar o acordo previsto sobre minerais.
[Notícia atualizada às 18h49]
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