A Rússia avisou novamente o Ocidente sobre o aumento do fornecimento de armas para a Ucrânia, depois de tanto a Bulgária como a Alemanha terem confirmado que enviariam armas aos ucranianos, e do Reino Unido ter pedido aos aliados para aumentar a produção bélica.
Esta quinta-feira, a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, afirmou que o Ocidente está "a pedir abertamente a Kyiv para atacar a Rússia com as armas recebidas dos países da NATO".
"Aviso-vos que não testem mais a nossa paciência", rematou Zakharova.
O aviso surge também depois de Mykhailo Podolyak ter dito no Twitter que os EUA reconheciam o esforço de guerra ucraniano, incluindo os recentes ataques a infraestruturas militares em território russo.
"A Ucrânia vai defender-se de qualquer maneira, incluindo com ataques a armazéns e bases dos assassinos. O mundo reconhece este direito", escreveu Podolyak.
Ukraine should decide whether to strike 🇷🇺 military facilities, @SecBlinken said. Russia has attacked 🇺🇦 and killing civilians. Ukraine will defend itself in any way, including strikes on the warehouses and bases of the killers 🇷🇺. The world recognizes this right.
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) April 28, 2022
Ao ucraniano, Maria Zakharova respondeu dizendo que "Kyiv e as capitais ocidentais devem considerar que esta declaração do ministério da Defesa significa que incitar mais a Ucrânia a atacar o território russo irá definitivamente levar a uma resposta dura da Rússia".
Também esta quinta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse, em resposta às declarações da ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss, que o Ocidente está a "encher" a Ucrânia de armas.
“Em si mesma, a tendência de encher a Ucrânia e outros países de armas, incluindo pesadas, são ações que ameaçam a segurança do continente e provocam instabilidade”, afirmou, em conferência de imprensa, citado pela agência de notícias Reuters.
Segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a guerra na Ucrânia já fez mais de 2.700 mortos entre a população civil, mas a ONU alerta que o número real de mortos poderá ser muito superior depois de contabilizadas as baixas em cidades sitiadas e controladas pelos russos.
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