Ucrânia. Zelensky reitera desejo de falar à União Africana

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reiterou hoje o seu desejo de falar aos chefes de Estado da União Africana (UA), anunciou hoje o presidente da comissão da organização, Moussa Faki Mahamat.

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Filipa Parreira
28/04/2022 18:50 ‧ 28/04/2022 por Filipa Parreira

Mundo

Ucrânia/Rússia

"Recebi uma chamada do ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba. Reiterou um pedido do Presidente Zelensky para dirigir-se aos chefes de Estado da União Africana e do seu desejo de desenvolver laços mais estreitos com a UA", disse Mahamat na sua conta na rede social Twitter.

"Eu insisti na necessidade de uma solução pacífica para o conflito com a Rússia", acrescentou o responsável.

No dia 11 de abril, Zelensky falou com o presidente em exercício da UA, o chefe de Estado do Senegal, Macky Sall, a quem transmitiu a intenção de se dirigir à UA, mas a organização africana ainda não deu andamento a esse pedido.

Zelensky tem falado por via eletrónica com numerosos parlamentos, incluindo o português, e organizações internacionais, incluindo o Parlamento Europeu, para pedir apoio à Ucrânia, que foi invadida pela Rússia em 24 de fevereiro.

Tanto a ONU como várias organizações não-governamentais têm alertado que a guerra na Ucrânia está a agravar a situação alimentar no mundo, afetando em particular as regiões mais vulneráveis, como África.

Outro efeito da guerra foi uma quebra da ajuda internacional a África, já que muitos doadores cortaram o financiamento ao continente para ajudar o país europeu.

Em 24 de março, de um total de 140 países que votaram na Assembleia Geral da ONU uma resolução em que era pedido à Rússia a cessação imediata das hostilidades contra a Ucrânia, 20 dos 38 que se abstiveram eram países africanos e entre os cinco que votaram contra, um (Eritreia) era africano.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

Leia Também: Biden promete que não deixará aliados europeus reféns de energia russa

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