"Condeno veementemente os ataques indiscriminados das forças russas contra Kyiv na noite passada [quinta-feira]", escreveu Jean-Yves Le Drian na rede social Twitter.
"Solidariedade total com o povo ucraniano, bem como com @antonioguterres e @KirilPetkov [primeiro-ministro búlgaro], que estiveram nas proximidades" na quinta-feira, declarou ainda o ministro francês.
As equipas de resgate localizaram hoje o corpo de um civil entre os escombros do prédio em Kyiv atacado na quinta-feira pelos russos, elevando o saldo de vítimas para um morto e dez feridos.
"Os socorristas, que continuam a procurar e limpar os escombros do prédio residencial no distrito de Chevchenkovsky atingido na quinta-feira, acabaram de encontrar o corpo", escreveu o autarca de Kyiv, Vitali Klitschko, na rede social Telegram.
Um edifício residencial de 25 andares no distrito de Chevchenkovsky foi parcialmente destruído como resultado do ataque russo.
"Dez pessoas ficaram feridas. Quatro delas foram hospitalizadas", confirmou Klitschko.
As autoridades russas garantiram hoje que no ataque a Kyiv, com mísseis de longo alcance e alta precisão, foram destruídas as instalações da empresa espacial e de foguetes Artem, sem especificar quantos foguetes foram lançados ou o número total de alvos.
Após o ataque desta quinta-feira, que ocorreu quando o secretário-geral da ONU, António Guterres, visitava a capital ucraniana, o autarca de Kyiv denunciou que os bombardeamentos russos já causaram mais de uma centena de mortos na cidade.
O exército russo tinha parado de bombardear a cidade de Kyiv e os seus arredores nas últimas semanas para se concentrar em estabelecer o controlo no leste e sul do país.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, desencadeando uma guerra que provocou um número de baixas civis e militares ainda por determinar.
A ONU confirmou na quarta-feira que pelo menos 2.787 civis morreram e 3.152 ficaram feridos, mas manteve o alerta para a probabilidade de os números serem consideravelmente superiores.
O conflito levou mais de 5,3 milhões de pessoas a fugir da Ucrânia, na pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Leia Também: Ataque da Rússia a Kyiv "foi uma boa lição para António Guterres"