"Foi demonstrado o incumprimento dos protocolos de segurança e defesa passiva", declarou o comité, liderado por Mohammad Ashuri, governador da província de Hormozgan, onde ocorreu a explosão, no final da noite de segunda-feira.
De acordo com o comité, em alguns casos terá havido declarações falsas sobre o incidente, acrescentando que as autoridades de segurança estão a tentar identificar os responsáveis.
No documento é indicado que a causa definitiva do acidente exige um "exame completo e exaustivo dos seus vários aspetos" e que será feito um anúncio assim que se chegue a uma conclusão.
O ministro do Interior do Irão, Eskandar Momeni, apontou na segunda-feira a falta de cumprimento dos protocolos de segurança como uma causa provável do incidente.
Uma forte explosão aconteceu, no sábado, no porto de Shahid Rajaï, na cidade de Bandar Abbas, no sul do país, depois de vários contentores com alegado material químico terem ardido numa das docas. Até ao momento, foram reportadas 70 mortes e 22 pessoas ainda estão desaparecidas.
Também 120 dos 1.072 feridos que foram transferidos para centros médicos continuam hospitalizados.
Três dias após o incidente, os bombeiros ainda estão a tentar extinguir alguns "focos" ativos do incêndio, que as autoridades dizem ter sido amplamente contido e que esperam extinguir por completo hoje.
O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, ordenou no domingo uma investigação "completa" às causas da explosão e para "identificar qualquer negligência ou intencionalidade" no incidente.
O porto Shahid Rajaï, localizado no estratégico Estreito de Ormuz, é de vital importância para o Irão, movimentando mais de 55% das exportações e importações do país, 70% do trânsito portuário e mais de 80% do tráfego de contentores.
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