O apagão desta segunda-feira deixou as pessoas preocupadas mas afetou, sobretudo, pessoas mais vulneráveis.
Os doentes de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), recorda o ABC, necessitam de eletricidade para viver, pelo que o dia de ontem foi de especial nervosismo e incerteza em relação ao seu futuro.
Para além da ansiedade de estarem isolados e não saberem o que estava a acontecer, preocupava-os o facto de estarem a ficar sem baterias nas máquinas aos quais estão ligados.
"Foi um pesadelo terrível e uma tortura psicológica”, explica Jordi Sabaté, doente de ELA e um dos rostos mais visíveis da doença, em Espanha.
Estoy vivo.
— Jordi Sabaté Pons (@pons_sabate) April 28, 2025
He sobrevivido sin luz durante 9 horas con las baterías de mis máquinas de soporte vital.
No sé lo que ha pasado, estoy en shock, pero estoy bien.
Deseo que tod@s estéis bien.
OS QUIERO MUCHO #CorteDeLuz
"Para quem sofre de ELA, a falta de luz é sinónimo de morte. A luz é o que nos mantém a respirar e a utilizar as nossas máquinas de suporte de vida para não morrermos sufocados", afirma.
Depois do susto, o homem recorreu à sua conta na rede social X, onde endereçou um pedido a empresas de energia como a Endesa.
"Tenho medo de morrer asfixiado se houver outro apagão", escreve, numa publicação em que pede que lhe seja fornecido um gerador de luz.
"Peço-vos que coloquem um gerador no meu apartamento, para as minhas máquinas de suporte de vida. Não quero que me deem de presente, eu pago. Adoro a vida e não quero morrer por causa de um corte de eletricidade", apela.
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