"Com esta decisão, recusamo-nos a fazer parte de uma instituição politizada que clama pela sua imparcialidade e credibilidade", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Péter Szijjártó, nas redes sociais, reiterando os argumentos que Orbán já tinha apresentado há três semanas.
Orbán também desafiou o TPI ao aceitar a visita de Benjamin Netanyahu, que está sujeito a um mandado de captura emitido pelo tribunal por alegados crimes de guerra e crimes contra a humanidade referente à guerra na Faixa de Gaza.
"A Hungria é uma grande amiga de Israel: defende-nos na União Europeia (UE), defende-nos na ONU e, nada menos do que isso, no corrupto Tribunal Penal Internacional de Haia, que é parcial contra todos nós", afirmou Netanyahu durante a sua visita a Hungria, em 06 de abril.
O líder israelita disse, na altura, que a saída da Hungria do TPI é um "sinal do que está por vir".
A saída da Hungria do tribunal internacional, em qualquer caso, não é imediata, uma vez que só se tornará definitiva após passado um ano desde a notificação formal. O país também não está isento de cumprir os compromissos assumidos durante os anos em que fez parte do Estatuto de Roma.
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