França vai "reforçar" material militar e ajuda humanitária para a Ucrânia

A França vai "reforçar" o envio de material militar e de ajuda humanitária para a Ucrânia, anunciou hoje o Palácio do Eliseu, após uma reunião entre o reeleito presidente Emmanuel Macron e o seu homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky.

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Lusa
30/04/2022 14:20 ‧ 30/04/2022 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Num comunicado, a presidência francesa referiu que o presidente ucraniano agradeceu "os envios de material militar de envergadura que contribuem para a resistência ucraniana", enquanto o Chefe de Estado francês "indicou que este apoio continuará a ser reforçado, assim como a assistência humanitária fornecida pela França".

O presidente francês também assegurou que "será prolongada a missão de peritos franceses que contribui para a recolha de provas para lutar contra a impunidade, permitindo o trabalho da justiça internacional relativa aos crimes de guerra cometidos no quadro da agressão russa", é acrescentado no comunicado.

Os EUA, a França, a República Checa e outros aliados forneceram a Kiev centenas de peças de artilharia de longo alcance para ajudar a conter a ofensiva de Moscovo na região do Donbass, no leste da Ucrânia. Paris enviou também os seus canhões automotores "Caesar".

De acordo com o Eliseu, a ajuda humanitária francesa à Ucrânia representa atualmente "mais de 615 toneladas de equipamento enviado, incluindo equipamento médico, geradores para hospitais, ajuda alimentar e de alojamento e veículos de emergência".

Macron insistiu na "sua vontade de trabalhar ativamente no seu segundo mandato para restabelecer a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, mantendo sempre uma estreita coordenação com os seus parceiros europeus e aliados".

O presidente francês mencionou também "a disponibilidade da França para contribuir para um acordo que dê garantias de segurança à Ucrânia".

Emmanuel Macron transmitiu ainda a Zelensky a sua "inquietação" pelos bombardeamentos russos de quinta-feira em Kiev e pela "situação insuportável em Mariupol, apesar dos seus reiterados apelos dirigidos ao presidente russo de respeitar o direito internacional humanitário".

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou cerca de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,4 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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