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Líder do Exército russo esteve na frente de combate no Donbass

O chefe do Estado-Maior do Exército russo esteve na semana passada na frente de combate na região do Donbass, referiu hoje fonte do Pentágono, sem confirmar os rumores de que Valery Guerassimov terá sido ferido no leste da Ucrânia.

Líder do Exército russo esteve na frente de combate no Donbass
Notícias ao Minuto

21:05 - 02/05/22 por Lusa

Mundo Pentágono

"O que podemos confirmar, é que sabemos que durante vários dias na semana passada esteve no Donbass", adiantou um alto funcionário do Departamento de Defesa (Pentágono) dos Estados Unidos, que falou sob a condição de anonimato.

Um assessor do ministro do Interior ucraniano, Anton Guerashchenko, referiu no domingo que muitos oficiais russos foram atingidos por uma "explosão" em Izium, no leste da Ucrânia, acrescentando que o general Valery Guerassimov estava no local.

Mas outro assessor do Ministério do Interior, Viktor Androussiv, afirmou, em declarações à televisão ucraniana, que o general não sofreu ferimentos.

"Temos a confirmação de que ele esteve lá, na região de Izium (...). Temos algumas confirmações de que ele não ficou ferido", referiu.

Segundo noticiaram vários 'media', Guerassimov esteve na frente de combate, onde inspecionou as condições no terreno.

As forças russas, depois de terem falhado a tomada de Kiev, concentraram-se nas últimas semanas na região do Donbass, onde procuram controlar as regiões de Donetsk e Lugansk.

A fonte do Pentágono acrescentou ainda que o Exército russo está a fazer "progressos limitados" nos confrontos com os ucranianos naquela região, considerado o seu avanço "anémico"

Os russos tomaram o controlo de aldeias que depois perderam para as forças ucranianas, exemplificou, citado pela agência France-Presse (AFP).

O alto funcionário norte-americano sugere que os militares russos estão desmoralizados e que sofrem de um comando desorganizado.

O progresso russo no terreno é "muito desigual (...) e em alguns casos, a melhor palavra para o descrever é anémico", frisou.

As entregas de armas aos ucranianos por parte dos Estados Unidos e aliados ocidentais continua a decorrer, incluindo material de artilharia pesada, sistemas de radar e 'drones' de combate, sublinhou ainda.

Nas últimas 24 horas, cerca de 20 voos com armas dos EUA aterraram perto da Ucrânia, com mais 11 voos a estarem planeados para as próximas 24 horas, adiantaram fontes do governo norte-americano.

A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da Organização das Nações Unidas, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra na Ucrânia, causada pela invasão russa do país, agravou a situação de crise energética em que a UE já se encontrava.

As tensões geopolíticas devido à guerra da Ucrânia têm afetado o mercado energético europeu, já que a UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, em níveis variáveis entre os Estados-membros.

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