Thomas Webster, com 20 anos de serviço na polícia de Nova Iorque, foi o primeiro acusado do ataque ao Capitólio, ocorrido em 06 de janeiro de 2021, a ser julgado por agressão e o primeiro a apresentar ao júri um argumento de legítima defesa.
Depois de conhecer o veredicto do júri, que o considerou culpado de todas as seis acusações, Webster, que estava a utilizar uma máscara de proteção, não demonstrou nenhuma reação, noticia a agência Associated Press (AP).
O antigo polícia, com 56 anos, alegou que estava a proteger-se de um "polícia desonesto" que lhe deu um murro na cara.
Webster também acusou o agente do Departamento de Polícia Metropolitana, Noah Rathbun, de instigar o confronto no Capitólio, onde apoiantes do ex-presidente Donald Trump se deslocaram em protesto e para impedir a certificação da vitória eleitoral do atual Presidente dos EUA, Joe Biden.
O agente da Polícia Metropolitana referiu em tribunal que não deu um murro ou instigou a luta quando a multidão violenta invadiu o Capitólio.
Este julgamento com júri foi o quarto relativo a um caso da invasão ao Capitólio, sendo que os três primeiros réus foram condenados por todas as acusações.
Em outras sentenças, um juiz decidiu dois outros casos sem júri, absolvendo um dos réus e absolvendo parcialmente outro.
Thomas Webster foi indiciado pelo júri de seis acusações, incluindo uma acusação de que ele agrediu Rathbun com uma arma perigosa, um bastão para bandeiras de metal.
O ex-agente dirigiu sozinho para a capital norte-americana, desde a sua casa, em Goshen, Nova Iorque, na véspera do comício "Stop the Steal" [Parem com o roubo, em português], de 06 de janeiro de 2021, onde utilizou um colete à prova de balas.
Segundo a sua defesa, Webster deslocou-se ao Capitólio para "sondar" congressistas para que "reexaminassem" os resultados das presidenciais de 2020, garantindo que não pretendeu interferir com a certificação eleitoral.
Mais de 780 pessoas foram acusadas de crimes federais relacionados com o incidente, com o Departamento de Justiça dos EUA a referir que mais de 245 estão acusados de agredir ou impedir a aplicação da lei.
Leia Também: Supremo Tribunal dos EUA pronto para anular direito ao aborto