Zelensky declara que retirada de civis de Mariupol vai continuar

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse hoje que a retirada de civis da cidade de Mariupol, no sul do país, vai continuar hoje, esperando a eficácia dos corredores humanitários de Berdiansk, Tokmak e de Vasylivka. 

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Lusa
03/05/2022 08:33 ‧ 03/05/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

Num discurso que foi publicado hoje de manhã nas redes sociais, o chefe de Estado ucraniano disse que Kyiv continua a fazer "todos os possíveis para salvar" os civis de Mariupol e que a operação de retirada vai continuar.

"Amanhã (quarta-feira) também esperamos movimento através dos corredores humanitários de Berdyansk, Tokmak e de Vasylivka", em direção de Zaporijia, acrescentou.

A operação de retirada de cidadãos ucranianos de Mariupol, cidade portuária no Mar de Azov, que está a ser coordenada pelas Nações Unidas e pela Cruz Vermelha Internacional, mantém-se mas verificam-se muitas dificuldades pondo em questão a continuidade da operação. 

O primeiro grupo de civis foi retirado no domingo da cidade assediada pelas forças russas mas os autocarros que transportam os deslocados ainda não chegou a Zaporijia a 200 quilómetros a norte porque tem de progredir em zonas de combate.

Funcionários municipais, médicos e membros de organizações humanitárias têm-se coordenado para receber os primeiros deslocados: cerca de uma centena de pessoas que permaneceram entrincheirados nas instalações da fábrica Azovstal que continua a ser bombardeada pelos russos. 

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou cerca de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,4 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia: Medo dos russos ainda assusta quem vive na Transnístria

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