"Fiquei muito satisfeito por termos recebido quatro candidaturas ao cargo. Penso que o número de candidaturas recebidas é um sinal do reconhecimento que os países têm da importância do MEE e, em particular, da enorme importância de quem o lidera", disse Paschal Donohoe, após uma questão da agência Lusa.
Falando em conferência de imprensa após a reunião do grupo informal dos ministros das Finanças da zona euro realizada por videoconferência, Paschal Donohoe vincou que o atual diretor executivo, Klaus Regling, "tem feito um trabalho excecional", pelo que o "interesse em saber quem o irá substituir mostra a importância do MEE".
As declarações surgem um dia após o presidente do Eurogrupo ter anunciado que recebeu quatro candidaturas à liderança da instituição financeira que assegura a estabilidade da zona euro.
Além de João Leão, concorrem o ex-ministro das Finanças luxemburguês Pierre Gramegna, o antigo chefe de gabinete do comissário europeu da Economia Marco Buti e o antigo secretário de Estado das Finanças da Holanda Menno Snel.
Um destes nomes irá substituir no cargo o alemão Klaus Regling, que é diretor executivo do MEE desde a sua criação, em 2012.
As candidaturas serão agora discutidas na reunião do Eurogrupo de 23 de maio, visando apoiar um candidato.
"O nosso objetivo é concluir [o processo] para ver a nomeação feita no dia 16 de junho", adiantou hoje o presidente do Eurogrupo à imprensa.
Os mandatos na liderança do MEE têm uma duração de cinco anos e apenas podem ser renovados uma vez.
Caberá depois ao Conselho de Governadores do MEE votar o nome proposto como diretor executivo na reunião anual, que decorre a 16 de junho.
A votação será feita por maioria qualificada, ou seja, 80% dos votos expressos, sendo que os direitos de voto são iguais ao número de ações atribuídas a cada país membro do MEE no capital social autorizado.
O Conselho de Governadores é o órgão máximo de tomada de decisões do MEE, sendo composto por representantes governamentais de cada um dos 19 acionistas do mecanismo, os países do euro, com a responsabilidade da pasta das Finanças.
Sediado no Luxemburgo, o MEE é uma organização intergovernamental criada pelos Estados-membros da zona euro para evitar e superar crises financeiras e manter a estabilidade financeira e a prosperidade a longo prazo, concedendo empréstimos e outros tipos de assistência financeira aos países em graves dificuldades financeiras.
O diretor executivo é responsável por conduzir os trabalhos do mecanismo, atuando como representante legal da organização e presidindo ao Conselho de Administração.
No anterior governo, João Leão assumiu a pasta das Finanças, depois de, antes, ter sido secretário de Estado do Orçamento, entre 2015 e 2019.
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