O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, afirmou esta terça-feira que “há cada vez menos diferenças” entre o regime de Moscovo e o Estado Islâmico.
“Ao início, declarações antissemitas de Moscovo. Agora, ataques maciços de mísseis contra cidades ucranianas. Lviv, Vinnytsia, Kirovohrad, Zakarpattia”, começou por afirmar o conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Podolyak referia-se ao facto de o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, ter comparado Zelensky ao genocida germânico, Adolf Hitler.
"Quando eles dizem 'que tipo de desnazificação é esta quando somos judeus', eu acho que Hitler também tinha origens judaicas, portanto isso não importa. Durante muito tempo, ouvimos as pessoas sábias judias dizer que os maiores antissemitas são os próprios judeus", disse Lavrov, desvalorizando as origens judaicas do presidente ucraniano.
Já hoje foram bombardeadas várias cidades ucranianas, entre as quais Lviv, há poucas horas. Segundo o autarca local, os ataques afetaram o fornecimento de energia.
Devido às declarações e aos ataques a cidades ucranianas, Podolyak defende que “a Rússia deve ser reconhecida como patrocinadora do terrorismo” e sublinha: “Há cada vez menos diferenças entre o Kremlin e o ISIS, mesmo a nível verbal”.
At first, anti-Semitic statements by #Moscow, now massive missile strikes on Ukrainian cities. Lviv, Vinnytsia, Kirovohrad, Zakarpattia. #Russia must be recognized as a sponsor of terrorism. There is less and less difference between the Kremlin and ISIS, even on a verbal level.
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) May 3, 2022
Ao 69.º dia de guerra na Ucrânia, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos deu conta de que mais de três mil civis morreram, mas alerta que o número real pode ser muito maior.
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