Esta nova medida inclui também sanções - congelamento de bens e proibições de entrada - incluindo a correspondentes de guerra russos que acompanham as forças do Kremlin enviadas para a Ucrânia.
As medidas hoje anunciadas "significam que as empresas russas já não podem beneficiar dos serviços britânicos de contabilidade, consultoria de gestão e relações públicas, que representam 10% das importações de serviços russas nestes setores", refere o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado.
"Cortar o acesso russo aos serviços britânicos colocará mais pressão sobre o Kremlin e, em última análise, garantirá que (o Presidente russo, Vladimir) Putin falhe", salientou a ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss.
Londres anunciou também "63 novas sanções" dirigidas aos meios de comunicação russos, incluindo Pervyi Kanal, o principal emissor público da Rússia, e a emissora pública VGTRK.
Também são visados vários jornalistas, aos quais passa a ser aplicada nova legislação segundo a qual os intervenientes no setor "devem bloquear o conteúdo de duas grandes fontes de desinformação russas, RT e Sputnik", prossegue o texto.
Estes dois meios de comunicação "já foram expulsos das ondas de frequência britânicas e proibimos qualquer pessoa de fazer negócios com eles", adiantou o secretário de Estado para a Economia Digital, Chris Philp.
"Estamos agora a preparar-nos para 'desligar a ficha' dos seus 'websites', contas de redes sociais e aplicações para impedir a disseminação das suas mentiras", acrescentou.
O Reino Unido afirma ter sancionado até agora mais de 1.600 indivíduos e entidades russas oi ligadas ao regime de Vladimir Putin.
As várias vagas de sanções britânicas têm como alvo setores próximos do Kremlin, oligarcas, militares e sectores-chave da economia. O Reino Unido tenciona também suspender as suas importações de petróleo e gás russos.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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