Somália marca as esperadas eleições presidenciais para 15 de maio
A Somália realizará eleições presidenciais em 15 de maio, mais de um ano após o mandato do atual chefe de Estado, Mohammed Abdullahi Mohammed Farmaajo, ter expirado e após uma prolongada crise política, anunciaram hoje as autoridades.
© Reuters
Mundo Somália
A Comissão Parlamentar Mista para as Eleições Presidenciais, composta por 17 legisladores de ambas as casas do parlamento da Somália, anunciou a data, que cai dois dias antes do prazo fixado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para que o país do Corno de África continue a receber o seu apoio orçamental.
Estas eleições, há muito esperadas, são finalmente possíveis após a conclusão das eleições parlamentares em meados de abril e os oradores, tanto da Casa dos Povos (câmara baixa), como do Senado, foram escolhidos na semana passada.
Este foi um marco essencial para a realização de eleições presidenciais - para as quais concorrem cerca de 20 candidatos - que foram adiadas desde 2021, em várias ocasiões, devido a disputas políticas, desacordos entre clãs e alegações de irregularidades, apesar do mandato de Farmaajo ter expirado em fevereiro desse ano.
Os 54 senadores da câmara alta e 275 deputados da câmara baixa devem eleger o chefe de Estado, de acordo com a lei somali.
O adiamento sistemático das eleições é uma distração dos problemas que o país enfrenta, tais como a luta contra o grupo terrorista Al-Shabab, que controla as zonas rurais do centro e do sul e que quer estabelecer um estado islâmico Wahhabi (ultraconservador).
A Somália tem estado numa situação de conflito e caos desde que o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado em 1991, deixando o país sem um governo eficaz e nas mãos de senhores da guerra e milícias islâmicas.
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