A Organização das Nações Unidas (ONU) documentou 180 casos de civis, jornalistas e políticos locais que foram detidos arbitrariamente ou que desapareceram em áreas controlas pela Rússia na Ucrânia.
Segundo a Alta-Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, foram ainda registados oito casos semelhantes em território controlado pela Ucrânia de possíveis desaparecimentos forçados de indivíduos pró-Rússia.
No total, foram documentados 188 raptos.
"Nas áreas em redor de Kyiv, desde o final de fevereiro até há cerca de cinco semanas, as forças russas visaram civis do sexo masculino que consideravam suspeitos", afirmou, explicando que, de acordo com as evidências, estes indivíduos foram “levados para a Bielorrússia e Rússia, sem o conhecimento das suas famílias, e mantidos em instalações de prisão preventiva”.
“Muitas das famílias ainda não sabem o que aconteceu com eles”, acrescentou.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
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