UE condena ataque contra civis em Israel e pede fim da violência

A União Europeia (UE) condenou esta quinta-feira o ataque terrorista na cidade de Elad, perto de Telavive, que causou pelo menos três mortos e vários feridos, e apelou ao fim da violência.

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Lusa
06/05/2022 06:35 ‧ 06/05/2022 por Lusa

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Israel

"Esta violência tem que parar. A UE continua firmemente empenhada em prevenir e combater o terrorismo", referiu o porta-voz da Comissão Europeia para as Relações Externas, Peter Stano.

O organismo europeu endereçou ainda os sentimentos às famílias das vítimas e uma "rápida recuperação aos feridos", enfatizando que "está com Israel e o seu povo neste momento difícil".

Testemunhas no local apontaram para a existência de pelo menos dois agressores, um com uma arma de fogo e outro com uma faca de grandes dimensões, segundo fonte policial citada pela agência EFE.

A polícia mobilizou controlos de segurança nas estradas de cidade de maioria judaica ultraortodoxa, além de um helicóptero, para encontrar o veículo em que os responsáveis pelo ataque fugiram.

O ataque resultou em três mortos e quatro feridos, dois destes em estado grave, referiu o serviço de emergência Magen David Adom.

Este novo ataque é o sexto em solo israelita desde o final de março, num total de 18 mortes.

O primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, assegurou, após uma reunião com os altos responsáveis pela segurança, que as autoridades irão apanhar os terroristas e que estes serão levados perante a justiça.

Já o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, considerou o ataque "o mais recente de uma série de ataques terroristas desprezíveis que abalaram Israel".

Também o Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, condenou o ataque.

"O assassinato de civis palestinianos e israelitas leva apenas a uma maior deterioração num momento em que todos tentamos alcançar a estabilidade e evitar a escalada", frisou, citado pela agência oficial de notícias Wafa.

O grupo armado palestiniano Hamas, que controla a faixa de Gaza, celebrou o ataque e associou-o à violência num local sagrado de Jerusalém, embora não tenha reivindicado a autoria.

"A invasão da mesquita de Al-Aqsa não pode ficar impune. A operação heroica em Telavive é uma tradução prática do que a resistência alertou", referiu o porta-voz do Hamas, Hazem Qassem.

A identidade dos agressores ainda não é conhecida, mas as tensões entre israelitas e palestinianos aumentaram nas últimas semanas, após uma série de ataques em Israel, operações militares na Cisjordânia ocupada e violência num dos locais sagrados em Jerusalém, quer para judeus, quer para muçulmanos.

O complexo da mesquita de Al-Aqsa é o terceiro local mais sagrado do islão e foi construído no topo de uma colina que é o local mais sagrado para os judeus, que se referem a ele como o Monte do Templo.

O espaço encontra-se no coração do conflito e palestiniano e polícias israelitas entraram em confronto repetidamente nas últimas semanas.

Leia Também: Supremo de Israel confirma expulsão de 1.300 palestinianos de terrenos

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