A agência semioficial Nour News, próxima do Conselho Supremo de Segurança nacional, noticiou hoje a deslocação de Enrique Mora e, considerando o papel da União Europeia (UE) na troca de mensagens entre Teerão e Washington, acrescentou que "esta viagem pode ser vista como um novo passo nas consultas construtivas sobre os poucos, mas importantes, temas restantes" das conversações de Viena.
Enrique Mora, segundo confirmou na semana passada o ministro das Relações Exteriores do Irão, Hosein Amir Abdolahian, está a ser intermediário na troca de "mensagens escritas" entre Teerão e Washington, após a interrupção das negociações em Viena, em meados de março.
A última viagem anterior ao Irão teve lugar no passado dia 27 de março e, pouco depois, visitou Washington.
Depois de quase um ano de negociações para reviver o pacto nuclear, tudo parecia indicar que o acordo estava prestes a ser fechado, mas, agora, parece que há diferenças irreconciliáveis entre Teerão e Washington.
O Irão reiterou várias vezes, nos últimos meses, que o levantamento das sanções contra a Guarda Revolucionária é um dos últimos pontos pendentes mais importantes para fechar um acordo.
O pacto nuclear alcançado em 2015 limitava o programa atómico iraniano à troca do levantamento de sanções, mas, em 2018, o então presidente norte-americano, Donald Trump, abandonou o acordo e voltou a impor sanções ao Irão.
Teerão respondeu um ano depois com o aumento dos esforços nucleares e enriquecimento de urânio.
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