"O futuro da Europa está ligado ao futuro da Ucrânia, a ameaça que enfrentamos é real e o custo de um fracasso é enorme", disse Metsola, intervindo na sessão de encerramento da Conferência sobre o Futuro da Europa, em Estrasburgo, lançada na presidência portuguesa da União Europeia (UE), no primeiro semestre de 2021.
"Não podemos perder tempo, o modo como respondemos e como continuarmos a responder à invasão é a prova de fogo dos nossos valores", disse a presidente do PE.
Por seu lado, a líder do executivo comunitário referiu, dirigindo-se "aos amigos ucranianos": "O futuro da Europa é também o vosso futuro, o futuro da nossa democracia é também o futuro da vossa democracia".
"Há 77 anos, a guerra na Europa foi substituída por algo diferente, algo novo, primeiro uma comunidade e hoje uma união", referiu ainda Von der Leyen, acrescentando que a próxima página do futuro europeu "está agora a ser escrita por vós, por nós, por todos unidos".
Por seu lado, o Presidente francês, Emmanuel Macron, em nome da presidência rotativa do Conselho da UE, adiantou que, mesmo que a adesão da Ucrânia à UE leve décadas, este país já é "um membro de coração" da família europeia.
O primeiro-ministro português, António Costa, esteve presente na cerimónia.
A Conferência sobre o Futuro da Europa é uma iniciativa conjunta do Parlamento Europeu, do Conselho e da Comissão que tem como objetivo ouvir os europeus para que estes tenham uma palavra a dizer sobre o futuro da Europa, através de uma série de painéis de debate e discussões liderados pelos cidadãos.
As conclusões foram hoje formalmente entregues, compreendendo 49 propostas e mais de 300 medidas desenhadas pelos cidadãos da UE.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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