Líderes da UE defendem que futuro da Europa e da Ucrânia estão ligados

As presidentes do Parlamento Europeu (PE), Roberta Metsola, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, salientaram hoje que o futuro da Europa está ligado ao da Ucrânia e um fracasso na resposta à ameaça russa terá "enormes custos".

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Lusa
09/05/2022 14:07 ‧ 09/05/2022 por Lusa

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Ucrânia

"O futuro da Europa está ligado ao futuro da Ucrânia, a ameaça que enfrentamos é real e o custo de um fracasso é enorme", disse Metsola, intervindo na sessão de encerramento da Conferência sobre o Futuro da Europa, em Estrasburgo, lançada na presidência portuguesa da União Europeia (UE), no primeiro semestre de 2021.

"Não podemos perder tempo, o modo como respondemos e como continuarmos a responder à invasão é a prova de fogo dos nossos valores", disse a presidente do PE.

Por seu lado, a líder do executivo comunitário referiu, dirigindo-se "aos amigos ucranianos": "O futuro da Europa é também o vosso futuro, o futuro da nossa democracia é também o futuro da vossa democracia".

"Há 77 anos, a guerra na Europa foi substituída por algo diferente, algo novo, primeiro uma comunidade e hoje uma união", referiu ainda Von der Leyen, acrescentando que a próxima página do futuro europeu "está agora a ser escrita por vós, por nós, por todos unidos".

Por seu lado, o Presidente francês, Emmanuel Macron, em nome da presidência rotativa do Conselho da UE, adiantou que, mesmo que a adesão da Ucrânia à UE leve décadas, este país já é "um membro de coração" da família europeia.

O primeiro-ministro português, António Costa, esteve presente na cerimónia.

A Conferência sobre o Futuro da Europa é uma iniciativa conjunta do Parlamento Europeu, do Conselho e da Comissão que tem como objetivo ouvir os europeus para que estes tenham uma palavra a dizer sobre o futuro da Europa, através de uma série de painéis de debate e discussões liderados pelos cidadãos.

As conclusões foram hoje formalmente entregues, compreendendo 49 propostas e mais de 300 medidas desenhadas pelos cidadãos da UE.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Líderes da UE reúnem-se em maio para debater Defesa, Energia e conflito

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