Aos 11 anos lutou com os russos na II Guerra. Aos 92, teve de fugir deles
Idoso afirma que não há fascistas na Ucrânia. "É o inverso", considera, sobre as alegações russas.
© Reprodução BBC
Mundo Guerra
Quando tinha 11 anos, Arkady Perchenko lutou do lado da União Soviética contra os nazis durante a II Guerra Mundial. Volvidos mais de 80 anos, o homem viu-se obrigado a fugir da sua casa, na Ucrânia, para fugir às forças russas.
Em entrevista à BBC, o homem, hoje com 92 anos, recorda a segunda vez em que se viu obrigado a fugir da guerra.
Sendo judeu, Arkady teve de fugir dos nazis, que eram pagos por cada judeu que encontrassem. O homem esteve escondido num abrigo e mais tarde juntou-se à resistência local, que lutava com as forças militares da União Soviética.
Agora, Arkady confessa que nunca imaginou que tivesse de deixar décadas de vida para trás, para fugir aos russos. "Eram seis da manhã, tinha os chinelos calçados", recorda sobre a manhã em que entrou num autocarro para sair da Ucrânia, sem trazer nada consigo. "Desliguei a luz de casa e fechei a porta. Foi isto", relata.
"A Ucrânia é um país pacifico. Ali não existem fascistas. É o inverso", diz em relação ao conflito que se vive na Ucrânia, desde 24 de fevereiro.
Arkady é uma das 5,5 milhões de pessoas que se viram obrigadas a sair da sua casa desde o início do conflito.
O homem está agora em segurança na casa da filha, em Israel.
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