Apoio "inabalável" do Conselho da Europa a Kyiv face às "violações"

O Conselho da Europa garantiu dar o seu "apoio" e "solidariedade" inabaláveis a Kiev nas investigações sobre as "graves violações de direitos humanos" cometidas pelo exército russo na Ucrânia, anunciou hoje a secretária-geral da organização, Marija Pejcinovic Buric.

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© Wolfgang Kumm/picture alliance via Getty Images

Lusa
10/05/2022 14:49 ‧ 10/05/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"As provas das atrocidades indescritíveis que vi no nosso Estado-Membro Ucrânia preocupam-me profundamente", afirmou em comunicado Buric, que completou uma "visita de trabalho" ao país, onde se encontrou com vários funcionários, incluindo o presidente Volodymyr Zelensky.

A secretária-geral visitou também Borodianka e Irpin, perto de Kiev, onde dezenas de cadáveres com roupas de civis foram encontrados, depois de estas localidades terem sido ocupadas e posteriormente abandonadas pelo exército russo.

"Reiterei ao Presidente Zelensky e ao povo ucraniano o apoio inabalável e a solidariedade do Conselho da Europa neste momento tão difícil", acrescentou.

"Acordámos com as autoridades ucranianas uma série de medidas imediatas", incluindo "assistência à procuradora-geral, Iryna Venediktova, e ao seu gabinete na investigação de violações graves de direitos humanos, bem como na cooperação com o Tribunal Penal Internacional", prosseguiu Buric.

No sábado, no final de uma visita à Ucrânia, a comissária para os Direitos Humanos do Conselho da Europa, Dunja Mijatovic, já tinha denunciado "violações dos direitos humanos e do direito humanitário internacional" após a "agressão" russa, que se tornou "vertiginosa".

Criado na sequência da Segunda Guerra Mundial e independente da União Europeia, o Conselho da Europa reúne 46 Estados de todo o continente, incluindo a Ucrânia. A organização, que salvaguarda os direitos humanos no continente, está sediada em Estrasburgo.

A Rússia, que atacou o seu vizinho eslavo a 24 de fevereiro, deixou a instituição a 15 de março e foi oficialmente expulsa no dia seguinte.

Leia Também: AO MINUTO: Número de mortos pode ser "muito maior"; 8 milhões deslocados

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