"Todos os pontos fronteiriços [com a Índia e a China] estarão encerrados desde terça-feira e até sexta-feira, sendo permitidos apenas serviços de emergência", declarou o porta-voz do Ministério do Interior do país, Phanindra Mani Pokharel.
A medida foi considerada pelas autoridades como necessária para prevenir incidentes de segurança durante as eleições locais, que se realizam em 753 entidades por todo o país, com 30 milhões de pessoas, para eleger 35.221 representantes.
As autoridades do Nepal, que partilham a fronteira de 1.800 quilómetros com a Índia e quase 1.400 quilómetros com a China, proibiram também a venda de álcool até ao fecho das urnas e a circulação de veículos privados e públicos, com exceção para os de emergência, durante as horas de votação.
A Associação de Operadores de Linhas Aéreas afirmou em comunicado que todos os voos domésticos permanecerão suspensos na sexta-feira, exceto para operações de salvamento, enquanto os voos internacionais funcionarão com normalidade.
Estas são as segundas eleições locais, desde 2017, em democracia no Nepal e realizam-se apenas alguns meses antes das eleições parlamentares e para as assembleias provinciais, previstas para novembro.
Com o início da guerra civil no país em 1996, que se arrastou durante uma década, as eleições ficaram paralisadas até à instituição do processo de paz em 2008, quando se realizaram eleições para compor a Assembleia Constituinte.
Desde então, os sucessivos governos nepaleses dedicaram-se em alcançar um consenso sobre a Carta Magna, finalmente aprovada em 2015, tendo sido relegada para segundo plano, durante vários anos, a convocação de eleições municipais.
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