"A RSF não está satisfeita com a proposta do ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Yair Lapid, de que o seu país participe numa investigação conjunta sobre as circunstâncias da morte da jornalista", disse o secretário-geral da RSF, Christophe Deloire, na rede social Twitter, pedindo uma "investigação internacional independente".
Deloire lembrou que o tiroteio contra Abu Akleh constitui "uma grave violação" das convenções de Genebra e da resolução 2222 do Conselho de Segurança da ONU sobre a proteção de jornalistas.
O embaixador dos EUA em Israel, Tom Nides, já lamentou a morte da jornalista, que tinha dupla nacionalidade, palestiniana e norte-americana, dizendo que encoraja "uma investigação profunda sobre as circunstâncias" deste episódio.
O Governo do Qatar também criticou a atuação das forças israelitas que "dispararam sobre o rosto" da correspondente da Al Jazeera, que morreu na cidade de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada.
"Este terrorismo israelita, patrocinado pelo Estado, deve parar. E o apoio incondicional a Israel deve terminar", disse Lolwah al Jater, assessor do ministro dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Mohamed bin Abderrahman al Zani.
De acordo com o Ministério da Saúde palestiniano, a jornalista morreu depois de uma bala disparada pelo exército israelita a ter atingido no rosto, quando esta usava um colete à prova de bala e capacetes que a identificavam como repórter em serviço.
Por sua vez, o Exército israelita alegou que os seus soldados responderam ao fogo palestiniano e admitiu a hipótese de a jornalista ter sido atingida por uma bala das forças de segurança da Palestina.
A Al Jazeera classificou a morte de Abu Akleh como um "assassínio em flagrante" e considerou "responsáveis" o Governo israelita e as forças de ocupação na Cisjordânia.
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