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Alto espião russo compara EUA à "máquina de propaganda nazi" alemã

A Rússia tem vindo, regularmente, a acusar o Ocidente de financiar e apoiar movimentos anti-Kremlin.

Alto espião russo compara EUA à "máquina de propaganda nazi" alemã
Notícias ao Minuto

17:01 - 11/05/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Rússia/Ucrânia

Um alto espião russo comparou, esta quarta-feira, o Departamento de Estado norte-americano à "máquina de propaganda nazi" da Segunda Guerra Mundial, construída por Joseph Goebbels. Segundo noticia a Reuters, Sergei Naryshkin, acusou Washington de ter lançado uma campanha de mensagens anti-Rússia através das redes sociais.

Sergei Naryshkin, chefe da Agência de Informação Externa russa (SVR), disse que os Estados Unidos estavam a encorajar a divulgação de informações falsas através da popular rede social Telegram - numa tentativa de "desacreditar" e "desumanizar a liderança política e militar da Rússia aos olhos do povo russo".

"As suas ações têm muito em comum com as tradições do Ministério de Educação e Propaganda Pública do Terceiro Reich e do seu chefe, Joseph Goebbels", disse Naryshkin, numa declaração publicada no website do SVR.

O espião não forneceu, no entanto, quaisquer provas para apoiar as reivindicações de uma campanha desta natureza apoiada pelos Estados Unidos. Por outro lado, de acordo com a Reuters, o Departamento de Estado dos Estados Unidos ainda não respondeu a qualquer pedido de comentário.

Lembre-se que a Rússia tem vindo, regularmente, a acusar o Ocidente de financiar e apoiar movimentos anti-Kremlin - tendo até rotulado, ao longo dos últimos anos, dezenas de grupos independentes de Direitos Humanos, bem como meios de comunicação social a operar na Rússia, como se tratando de "agentes estrangeiros".

Desde o início da invasão, a 24 de fevereiro, o Kremlin tem tomado várias medidas com o objetivo de reprimir as vozes em oposição àquilo que descreve como sendo uma "operação especial militar". Aqueles que, na ótica das autoridades, divulgarem "notícias falsas" sobre a campanha militar, podem vir a ser alvo de uma pena de prisão que pode ir até 15 anos.

Numa outra perspetiva, destaque-se que a invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Desde 24 de fevereiro, o conflito causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU. Na sequência da mesma, terão ainda morrido mais de três mil civis, embora a ONU alerte para a probabilidade de o número real ser muito maior.

Leia Também: Rússia exige pedido de desculpas da Polónia depois do ataque a embaixador

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