O soldado russo Vadim Shishimarin que é acusado de ter morto um civil desarmado de 62 anos à beira de uma estrada numa vila na região de Sumy, vai ser julgado esta sexta-feira, na Ucrânia.
Segundo a agência AP, o advogado de Shyshimarin, Victor Ovsyanikov, reconheceu que o caso contra o soldado é forte, mas diz que a decisão final sobre quais evidências serão selecionadas em tribunal será tomada pelo tribunal de Kyiv. O advogado acrescenta que ainda não tinha decidido com o seu cliente se este iria ou não declarar-se culpado.
Este soldado tem apenas 21 anos e pertence a uma unidade de tanques.
Quanto ao julgamento, sabe-se que faz parte de um conjunto de investigações levadas a cabo pela principal procuradora da Ucrânia, Iryna Venediktova, que conduz um número cada vez maior de investigações sobre alegações de que tropas russas mataram, torturaram e abusaram de civis ucranianos.
Segundo o gabinete da procuradora-geral, estão a ser investigados mais de 10.700 crimes de guerra com potencial envolvimento de mais de 600 suspeitos, incluindo soldados russos e funcionários do governo russo.
Recorde-se que, como já tinha sido noticiado anteriormente pelo The Washington Post, Iryna Venediktova, diz que foram obtidas "provas suficientes do seu envolvimento na violação das leis e costumes de guerra combinados com assassinato premeditado", crime que pode ser punido com pena de 10 a 15 anos ou prisão perpétua.
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