Residente em Washington, Robert McFarlane morreu na quinta-feira por complicações de um problema pulmonar num hospital no estado norte-americano do Michigan, segundo os jornais The Washington Post e The New York Times.
Robert McFarlane, um ex-tenente-coronel da Marinha e veterano de guerra (Guerra do Vietname), renunciou ao cargo na Casa Branca em dezembro de 1985.
O antigo conselheiro de Segurança Nacional norte-americano foi pressionado pelo Governo para fazer parte de um plano -- e ilegal -- de vender armas ao Irão em troca da liberdade de reféns ocidentais no Médio Oriente e repassar os lucros para os contra-terroristas na Nicarágua pela sua luta contra o Governo marxista sandinista.
Robert McFarlane desempenhou um papel importante no caso, levando a delegação a Teerão para entrar em contacto com os chamados iranianos moderados, que se acreditava, na altura, terem influência sobre sequestradores de reféns norte-americanos. Consigo levou um bolo e uma Bíblia assinada por Ronald Reagan.
O esquema começou a ganhar forma depois de um avião que transportava um carregamento de armas, organizado pela CIA, ter sido abatido em outubro de 1986 pelos sandinistas da Nicarágua, desencadeando o que acabou por ser um dos maiores escândalos da política da história moderna, o Caso Irão-Contras.
Formado pela Academia Naval dos Estados Unidos, o ex-conselheiro era filho do antigo congressista democrata do Texas William Doddridge McFarlane, entre 1932 e 1938.
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