"A conversa foi direta e decorreu sem contrariedades. Evitar as tensões foi o ponto considerado relevante", disse o chefe de Estado finlandês através de um comunicado à imprensa, citado pela AFP.
A Finlândia, lê-se no mesmo comunicado, "quer lidar com as questões práticas de ser um país vizinho da Rússia de uma forma correta e profissional".
Na quinta-feira, a Finlândia, que tem uma longa fronteira com a Rússia, anunciou o desejo de passar a integrar a NATO, devendo formalizar o pedido de adesão no domingo, que será anunciado em conferência de imprensa pelo presidente Sauli Niinistö e a primeira-ministra Sanna Marin.
O Kremlin já disse que a entrada da Finlândia na NATO constituiu uma ameaça e que será forçada a "tomar medidas recíprocas, tecno-militares e outras", para responder ao que considera ser uma "ameaça à segurança nacional".
Helsínquia adiantou que na conversa telefónica de hoje com Putin, Sauli Niinistö lhe transmitiu que as exigências de Moscovo, no final de 2021, sobre um congelamento da expansão da NATO, e a invasão da Ucrânia no final de fevereiro mudaram "fundamentalmente" o "ambiente de segurança da Finlândia".
Na quarta-feira, o presidente finlandês já tinha dito que Moscovo era responsável pelo projeto de adesão do seu país, historicamente não alinhado e não integrante da aliança atlântica.
"Vocês [Rússia] causaram isto. Olhem-se ao espelho", disse Sauli Niinistö.
Esta noite, a Rússia cortou o fornecimento de eletricidade à Finlândia, tal como tinha sido anunciado na sexta-feira pelo exportador.
[Notícia atualizada às 13h23]
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