Os resultados das eleições deverão manter o 'status quo' a favor das forças políticas tradicionais, mas segundo resultados preliminares divulgados esta noite candidatos independentes obtiveram bons resultados em várias regiões, nomeadamente no sul do Líbano, bastião do poderoso movimento xiita Hezbollah.
Cerca de 3,9 milhões de eleitores foram chamados a renovar os 128 lugares do parlamento libanês. Os resultados finais são esperados na segunda-feira.
Desde 2019, o Líbano tem estado mergulhado numa crise socioeconómica classificada pelo Banco Mundial como a pior do mundo desde 1850 e causada por décadas de má gestão e corrupção de uma classe dirigente que se tem mantido praticamente inalterada durante décadas.
Em quase dois anos, a moeda nacional perdeu mais de 90% do seu valor no mercado negro e a taxa de desemprego quase triplicou. Quase 80% da população vive agora abaixo do limiar da pobreza, de acordo com a ONU.
Um forte dispositivo de segurança foi destacado para as eleições, mas foram assinalados diversos incidentes nas regiões onde o Hezbollah tem forte presença.
Em 2018 a afluência às urnas foi de 48,68%.
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