Tropas bielorrussas aumentam presença na fronteira com a Ucrânia

Segundo o Ministério da Defesa britânico, o presidente bielorrusso pretende apoiar o seu homólogo russo, ao mesmo tempo que evita entrar no conflito.

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© DMITRY ASTAKHOV/POOL/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto
16/05/2022 09:00 ‧ 16/05/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

A Bielorrússia está a destacar tropas na fronteira com a Ucrânia, segundo informações reveladas pelo Ministério da Defesa britânico, esta segunda-feira.

Após exercícios militares no início deste mês, a Bielorrússia anunciou o destacamento de forças especiais ao longo da fronteira com a Ucrânia, assim como de unidades de defesa aérea, artilharia e mísseis para campos de treino na parte ocidental do país”, começa por indicar o documento, divulgado na rede social Twitter.

Nesse sentido, “a presença de forças bielorrussas perto da fronteira provavelmente fixará tropas ucranianas, pelo que não poderão ser destacadas para apoiar as operações no Donbass”, acrescenta.

O organismo destaca ainda que o presidente bielorrusso, Aleksandr Lukashenko, aparenta pretender "um equilíbrio na invasão russa com o desejo de evitar contacto militar direto, face ao risco de sanções do Ocidente, à retaliação da Ucrânia, e a uma eventual insatisfação por parte das forças armadas bielorrussas".

Ainda assim, “o território bielorrusso foi utilizado como ponto de paragem para o avanço inicial da Rússia sobre Kyiv e Chernihiv”, servindo também como base para ataques aéreos e para o lançamento de mísseis por parte de Moscovo.

A entidade divulgou, no domingo, que a ofensiva terrestre russa na Ucrânia está a abrandar devido à falta de efetivos e ao êxito da contraofensiva ucraniana, tendo sofrido “baixas que ascendem, provavelmente, a um terço das tropas de terra que entraram em combate em fevereiro".

Os serviços de inteligência militar do Reino Unido sublinharam ainda que, "apesar dos avanços iniciais, a Rússia não foi capaz de conseguir importantes ganhos territoriais no último mês". Como consequência, a ofensiva russa na região do Donbass "perdeu força e decorre muito aquém do previsto."

Já o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou que "a guerra russa na Ucrânia não vai ao encontro dos planos de Moscovo”, já que "fracassaram no objetivo de tomar Kyiv, estão a retirar-se da cidade de Kharkiv e a sua principal ofensiva no Donbass está estancada". Nessa linha, a seu ver, “a Ucrânia pode ganhar esta guerra".

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar na Ucrânia já matou mais de três mil civis, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), que alertam para a probabilidade de o número real ser muito maior.

O conflito causou ainda a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de seis milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: AO MINUTO: Bielorrússia destaca tropas na fronteira; Kuleba em Bruxelas

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