"Há instruções da Rússia para a realização um referendo em alguns meses. No momento, estão a concentrar-se em preparar o terreno para o referendo", declarou Denisenko à televisão ucraniana, citado pela agência de notícias Unian.
Os russos "estão a tentar estabelecer a sua autoridade, em muitos centros populacionais colocam 'vigilantes', por vezes do mundo do crime", disse Denisenko, sublinhando que há casos em que pessoas próximas são indicadas para estes cargos.
Por sua vez, o presidente da administração militar regional de Kherson, Gennady Laguta, informou que os ocupantes russos estão a recolher dados pessoais dos moradores para o referendo, mas sublinhou que a população de Kherson apoia a Ucrânia e não participará no referendo.
A agência de notícias Unian referiu que os russos planeiam realizar um censo da população na região de Kherson, assim como fizeram na península ucraniana da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de seis milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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