A baixa moral do exército russo e a alta motivação dos soldados ucranianos, que defendem o seu país da invasão do Kremlin, foram fundamentais para a Ucrânia resistir e o fracassar em alguns dos ataques e planos militares de Moscovo.
"Se há uma coisa que a guerra na Ucrânia nos ensinou, é que nunca devemos subestimar a importância da moral. Os 3,2 milhões de homens e mulheres que servem esta aliança sabem exatamente pelo que estão a lutar: a proteção da nossa liberdade e democracia", declarou Rob Bauer no início da reunião hoje em Bruxelas dos chefes de Defesa da Aliança.
Rob Bauer sublinhou que a NATO adaptou-se "às novas realidades da parceria euro-atlântica e ao ambiente de segurança".
"Como o secretário-geral (NATO), Jens Stoltenberg disse uma vez, somos a aliança mais bem-sucedida da história por causa de duas coisas: primeiro, a nossa capacidade de unir e, segundo, a nossa capacidade de mudar", observou, especificando que a adaptação é o principal assunto da reunião de hoje.
Rob Bauer sublinhou que "uma nova era" começou para a organização transatlântica e que a guerra na Ucrânia apresentou à NATO "um novo dilema estratégico e realidade".
"Nos últimos meses, a NATO mostrou que é capaz de mudar de posição rápida e eficazmente", disse, acrescentando que depois de passar mais de duas décadas envolvida em operações de resposta a crises, a organização transatlântica "implementou o maior reforço do coletivo em defesa numa geração".
Na primeira sessão de hoje do Comité Militar, o secretário-geral vai discutir com os militares o contexto geoestratégico e os preparativos para a cimeira dos dirigentes da NATO a realizar-se no final de junho em Madrid, Espanha.
A segunda sessão incidirá sobre a guerra na Ucrânia e contará com a participação da Finlândia, Suécia e Ucrânia, enquanto a terceira, liderada pelo Comandante Supremo da Aliança para a Europa (SACEUR), General Tod D. Wolters, tratará o desenvolvimento da postura militar a longo prazo.
A quarta sessão contará com a participação da Austrália, Nova Zelândia, Japão, Coreia do Sul e do presidente do Comité Militar da União Europeia, Robert Brieger.
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