Suspeito da morte da namorada fugido há um ano envia vídeo à polícia

O caso ocorreu no México. O principal suspeito continua fugido.

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Notícias ao Minuto
22/05/2022 08:50 ‧ 22/05/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

México

Durante os dias em que Montserrat Bendimes foi hospitalizada, em abril de 2021, com espancamentos severos, a estudante de engenharia de 20 anos pronunciou um nome antes da sua morte: "Marlon".

Esteve ligada às máquinas até o seu corpo já não conseguir resistir. 

Com a ajuda dos seus pais, de acordo com o Ministério Público mexicano, Marlon Botas conseguiu fugir enquanto a sua namorada estava a morrer num hospital. Mais de um ano depois, apenas os seus pais estão a cumprir pena por cumplicidade, mas Botas ainda está em liberdade e o crime de Bendimes continua impune. Esta segunda-feira, Botas ousou enviar uma mensagem às autoridades, exonerando-se a si próprio e à sua família.

O assassinato de Montserrat Bendimes provocou uma onda de indignação em Veracruz, México, onde ocorreu. As associações feministas têm apoiado a família desde o assassinato, organizando marchas e ações para procurar justiça.

Marlon Botas, acusado da morte da sua namorada em abril do ano passado em Veracruz, enviou uma mensagem de vídeo às autoridades a partir da clandestinidade. Ninguém sabe onde ele está. Os pais do jovem são cúmplices da sua fuga. 

No vídeo, o suspeito disse diretamente que o que aconteceu foi um "acidente lamentável" e que a sua família é inocente. Pediu a libertação dos seus pais, Diana Fuentes e Jorge Botas. O vídeo gerou revolta nacional num país onde 95% dos casos ficam por resolver - especialmente casos de violência masculina 

Segundo o El País, a captura dos pais de Botas na Cidade do México em novembro do ano passado estabeleceu um precedente para aqueles que colaboram com assassinos de mulheres. O Ministério Público anunciou que tinha pedido à Interpol que emitisse um aviso para procurar Botas em quase uma centena de países - embora o aviso não seja público no website da agência - e ofereceu uma recompensa de 250.000 pesos (quase 12 mil euros) por qualquer pista sobre o seu paradeiro.

Leia Também: Ucrânia. Sepulturas exumadas em busca de provas de crimes de guerra

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