"Sessenta e quatro mulheres, homens e crianças foram resgatados de um barco de madeira em perigo na zona de busca e salvamento de Malta", anunciou a "SOS Mediterrâneo", uma organização europeia de busca e salvamento em alto mar, com sede em Marselha, sudeste de França.
Antes da chegada do navio, o veleiro "Astral", da organização não governamental (ONG) espanhola "Open Arms", já tinha referenciado o barco, permanecendo perto durante várias horas, disse a "SOS Mediterrâneo".
Alguns dos migrantes estavam a mostrar "sinais de exaustão após mais de 16 horas no mar", disse a ONG.
Na noite de domingo, 75 migrantes já tinham sido socorridos, ao largo da Líbia. Foram primeiro encontrados por um barco à vela de outra ONG, "Resqship", que referenciou o barco insuflável, com o motor avariado, e que depois se recusou a entregar os migrantes a um navio da guarda costeira líbia, disse a ONG "Resqship", alemã.
Com este salvamento, o navio ambulância, que opera com a ajuda da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, tem agora a bordo 296 migrantes.
A Líbia é um importante ponto de passagem para dezenas de milhares de migrantes que procuram chegar à Europa todos os anos pelas costas italianas, a cerca de 300 quilómetros.
O Mediterrâneo central é a rota migratória mais perigosa do mundo, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM). A agência da ONU estima em 1.553 o número de pessoas mortas ou desaparecidas em 2021.
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