Keir Starmer vai reunir-se com o Secretário-Geral da NATO, Mark Rutte, na tarde de segunda-feira, antes de seguir para uma reunião informal do Conselho Europeu com os líderes da União Europeia (UE).
Esta será a primeira vez que um chefe de Governo britânico participará numa reunião do conselho desde o Brexit (saída do Reino Unido do bloco), que entrou em vigor há cinco anos.
Desde que chegou ao poder, em julho, o chefe do executivo britânico tem trabalhado para reavivar as relações entre o seu país e os 27, após anos de tensão com os seus antecessores.
"A Europa deve redobrar os seus esforços para esmagar a máquina de guerra de [o Presidente russo, Vladimir] Putin, uma vez que a economia russa mostra sinais de enfraquecimento", dirá Keir Starmer ao Conselho Europeu, de acordo com um comunicado divulgado por Downing Street.
Irá "exortar os aliados mais próximos do Reino Unido a mobilizarem-se e a assumirem uma maior quota-parte do fardo de garantir a segurança da Europa" face à Rússia.
O encontro acontece duas semanas após a tomada de posse do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem pedido aos europeus para pagarem mais se quiserem continuar a beneficiar da proteção dos EUA no âmbito da NATO. A atitude de Trump no apoio à Ucrânia está a causar preocupação entre os europeus e a NATO.
Além da Ucrânia, Starmer vai apresentar aos 27 "o seu ambicioso projeto de parceria" entre Londres e Bruxelas em matéria de defesa e segurança, para ajudar a combater a criminalidade transfronteiriça e a imigração ilegal.
Num encontro hoje com o chanceler alemão, Olaf Scholz, na sua residência de campo em Chequers, nos arredores de Londres, o primeiro-ministro britânico defendeu uma relação estreita com o bloco comunitário, mas rejeitou a possibilidade de o Reino Unido regressar à União Europeia (UE).
"Realizámos um referendo sobre isso e essa questão está resolvida", disse.
"No entanto, quero ver uma relação mais estreita em matéria de defesa e segurança, energia, comércio e economia, e é nisso que estamos a trabalhar", afirmou Starmer.
Acrescentou acreditar que melhorar os laços entre as duas partes é "a melhor coisa para o Reino Unido" e é também "a melhor coisa para a UE".
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