França entrega ao Brasil 998 fósseis do Cretáceo contrabandeados

As autoridades francesas entregaram hoje ao Brasil 998 fósseis do Cretáceo que tinham sido apreendidos na comuna do Havre em 2013, quando foram descobertos por agentes aduaneiros no porto francês depois de terem saído ilegalmente do país sul-americano.

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Lusa
24/05/2022 20:37 ‧ 24/05/2022 por Lusa

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Estes fósseis, originários da bacia do Araripe, classificado desde 2006 como geoparque pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) pela sua variedade geológica, foram entregues numa cerimónia em que participaram o embaixador brasileiro em França, Luis Fernando Serra, o procurador-geral adjunto francês, Hindemburgo Chateaubriand, e o ministro da Cidadania do Brasil, Ronaldo Vieira Bento.

Numa declaração, a Direção Geral das Alfândegas da França explicou que a entrega é composta por 348 nódulos animais fossilizados (tais como peixes, restos de dinossauros, tartarugas, crocodilos e pterossauros) e 650 crustáceos fossilizados, insetos e plaquetas vegetais.

Foram encontrados num contentor que chegou ao porto de Havre em agosto de 2013, escondidos em tambores de papelão.

Foram examinados por especialistas dos museus de Paris e do Havre, que confirmaram que eram autênticos fósseis do período Cretáceo (entre 145 e 65 milhões de anos) da bacia do Araripe.

Após vários anos de investigação, em fevereiro de 2021, a justiça francesa ordenou a devolução dos fósseis apreendidos ao Brasil, que decidiu incorporá-los nas coleções do Museu de Paleontologia de Santana, da Universidade Regional de Cariri, que os exibirá ao público.

O material encontrado em França valia cerca de 2,5 milhões de reais (cerca de 475.000 euros) pois são fósseis raros de interesse científico e estão bem conservados.

Em 10 de maio, o Ministério Público Federal do Brasil anunciou a doação de um fóssil de um peixe com mais de 100 milhões de anos ao Museu Fóssil de Santana do Cariri, no nordeste do Brasil, que foi repatriado após ter sido encontrado em Itália.

O Ministério Público iniciou os procedimentos legais em 2020, que permitiu que o fóssil fosse devolvido pelas autoridades em Itália, onde foi oferecido para venda por cerca de 2.850 euros à taxa de câmbio atual.

O peixe fossilizado, contrabandeado do Brasil e comercializado ilegalmente em Itália, pertence ao período Cretáceo e foi encontrado na chamada Chapada do Araripi, uma importante região paleontológica no Cariri, um município do interior do estado do Ceará.

O fóssil chegou ao Brasil em março, na sequência dos esforços da Secretaria de Cooperação Internacional do Ministério Público.

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