Bolsonaro, que ainda não confirmou se irá participar na reunião marcada para os dias 09,09 e 10 de junho em Los Angeles, ainda não se pronunciou sobre a reunião com o antigo senador democrata Christopher Dodd, que não estava na sua agenda mas foi confirmada à agência espanhola Efe por fontes presidenciais.
Segundo as mesmas fontes, Dodd entregou-lhe pessoalmente um convite para a Cimeira das Américas endereçado por Biden, que está no meio de uma ofensiva diplomática para tentar minimizar as ausências na conferência de Los Angeles.
Outras fontes afirmaram que Dodd, o conselheiro especial nomeado pela Casa Branca para a Cimeira, assegurou mesmo a Bolsonaro que, em Los Angeles, poderia ter uma reunião bilateral com Biden, embora isto não tenha sido confirmado pela presidência brasileira.
Até agora, pelo menos em público, Bolsonaro apenas disse que ainda não decidiu sobre a sua possível presença, que está a "estudar" o assunto e que a sua viagem dependerá de "muitas coisas", embora não tenha especificado nenhuma delas.
A Casa Branca indicou que Cuba, Nicarágua e Venezuela não serão convidadas para a reunião, o que causou mal-estar entre vários governos latino-americanos.
O primeiro a protestar contra a potencial exclusão destes três países foi o Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, que anunciou a sua ausência se todos os países das Américas não fossem convidados, posição a que mais tarde se juntou o Presidente boliviano, Luis Arce.
Esta posição poderia ser imitada por alguns países das Caraíbas e tentará ser reforçada numa reunião de líderes da Aliança Bolivariana dos Povos da Nossa América (ALBA) que foi convocada por Cuba para a próxima sexta-feira.
No caso de Bolsonaro, os casos de Cuba, Nicarágua e Venezuela não pesam muito, mas a sua relação com Biden não é das melhores, ao ponto de, na campanha eleitoral de 2020 nos Estados Unidos, ter apoiado abertamente o então Presidente Donald Trump.
Tal como Trump, o Presidente brasileiro também questionou o resultado dessas eleições e foi um dos últimos líderes mundiais a reconhecer a vitória de Biden.
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