"Uma tragédia atrás da outra, um tiroteio após outro, uma jovem vida a seguir a outra... Quantas crianças mais vão morrer antes de os líderes governamentais agirem para manter seguras as crianças e as escolas? Porque, enquanto não o fizerem, estes horrores continuarão", defendeu Russell em comunicado.
A responsável do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) recordou que este ano já se registaram ataques a escolas não só nos Estados Unidos, mas também em países como o Afeganistão, a Ucrânia e vários países da África ocidental.
"Mais uma vez, as crianças foram atacadas e assassinadas enquanto estavam na escola, o lugar fora das suas casas onde mais seguras deveriam estar", lamentou Russell.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também reagiu ao massacre num breve comunicado, no qual se mostrou abalado por um massacre "particularmente desolador", em que a maioria das vítimas eram crianças.
As reações sucedem-se perante o massacre ocorrido na terça-feira, em que um jovem de 18 anos irrompeu numa escola do ensino básico na localidade texana de Uvalde e abriu fogo sobre os alunos que lá se encontravam.
Trata-se do massacre com mais vítimas mortais nos Estados Unidos este ano e ocorreu dez dias depois de dez pessoas terem sido mortalmente baleadas num supermercado em Buffalo, no Estado de Nova Iorque, num ataque com motivações racistas.
Além disso, é o segundo massacre mais mortífero da última década num estabelecimento de ensino, depois do perpetrado em 2012 na escola de Sandy Hook, em Newton, no Estado do Connecticut, em que morreram 26 pessoas, a maioria das quais crianças.
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