O "direito de posse e porte de armas" é conhecido como "Second Amendment" (Segunda Emenda) da carta de direitos da Constituição dos EUA, desde 1791, interpretado como um direito constitucional e individual.
Quando a emenda foi aprovada, "não era possível possuir um canhão", não se podia "ter certos tipos de armas", referiu.
"Sempre houve limitações", defendeu o chefe de Estado norte-americano.
Biden discursava esta quarta-feira na Casa Branca antes de assinar uma ordem executiva sobre policiamento, no segundo aniversário da morte de George Floyd.
A ordem reflete uma abordagem menos extensa do que Joe Biden pretendia inicialmente, porque o Congresso não conseguiu chegar a acordo sobre legislação que teria aumentado a supervisão da aplicação da lei. É o resultado de meses de negociações entre elementos da Casa Branca, grupos de direitos civis e organizações policiais.
O democrata divulgou ainda que irá visitar o Estado do Texas, juntamente com a primeira-dama, Jill Biden, nos próximos dias, procurando "trazer um pouco de conforto à comunidade".
"Como nação, acho que todos devemos estar lá para eles. E devemos perguntar, quando é que, em nome de Deus, faremos o que é necessário ser feito", sublinhou.
Biden, que não adiantou uma data concreta para esta visita, voltou a defender a necessidade de serem aprovadas leis para o controlo de armas, que embora não sirvam para prevenir qualquer tragédia, podem ter um grande impacto sobre os níveis de violência com armas no país.
"A ideia de que um jovem de 18 anos pode entrar numa loja e comprar armas de guerra projetadas para matar é errada", lamentou o Presidente.
O democrata voltou a fazer um apelo para que se enfrente o "lobby" das armas.
"É hora de agir", salientou, pedindo ao Senado que confirme a indicação do candidato proposto pela Casa Branca para liderar a agência governamental responsável por supervisionar o cumprimento das leis de armas.
O Departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF) está sem um diretor permanente há sete anos, por falta de acordo.
Pelo menos 21 pessoas, incluindo 19 crianças e dois adultos, morreram neste massacre, que aconteceu na terça-feira numa escola primária na cidade na cidade de Uvalde, no estado norte-americano do Texas.
O autor, residente em Uvalde, entrou no estabelecimento de ensino com um revólver e possivelmente uma espingarda e abriu fogo, de acordo com o governador do Texas, Greg Abbott.
Greg Abbott divulgou esta quarta-feira que, para além dos 21 mortos, há 17 feridos, três destes polícias, embora nenhum esteja em perigo de vida.
O governador do Texas acrescentou que ainda não é conhecido o motivo pelo qual Salvador Ramos entrou na escola a abriu fogo contra alunos e professores.
O jovem de 18 anos, que não tinha antecedentes criminais nem histórico de problemas mentais, utilizou uma arma semiautomática AR15, disse ainda.
As reações sucedem-se perante o massacre com mais vítimas mortais nos Estados Unidos este ano e ocorreu dez dias depois de dez pessoas terem sido mortalmente baleadas num supermercado em Buffalo, no Estado de Nova Iorque, num ataque com motivações racistas.
Além disso, é o segundo massacre mais mortífero da última década num estabelecimento de ensino, depois do perpetrado em 2012 na escola de Sandy Hook, em Newton, no Estado do Connecticut, em que morreram 26 pessoas, a maioria das quais crianças.
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