"Os ocupantes bombardeiam de novo o centro regional", declarou Sinegubov na rede social.
"Sete civis foram mortos e 17 feridos, incluindo uma criança de nove anos", precisou. Um balanço precedente referia-se a quatro mortos e sete feridos.
Diversos mísseis atingiram uma zona residencial do bairro Pavlove Polé, no centro-norte da cidade, perto de um centro comercial que estava encerrado no momento do ataque, indicou a agência noticiosa AFP, que se referiu a um morto e quatro feridos no local.
Outras zonas residenciais também foram atingidas, com uma grande destruição nos edifícios.
Desde meados de maio, uma calma relativa regressou a esta cidade do leste da Ucrânia, a cerca de 50 quilómetros da fronteira da Rússia e com cerca de 1,5 milhões de habitantes antes da guerra.
As forças russas interromperam a sua ofensiva em Kharkiv para concentrar mais tropas no leste e sul da Ucrânia, e a cidade iniciou um difícil regresso à normalidade, incluindo o reinício da circulação do metro.
Após o bombardeamento de hoje, o responsável municipal Igor Terekhov confirmou que o metro continuava a transportar passageiros, mas que diversos setores seriam reservados para abrigos em caso de bombardeamentos.
O metro de Kharkiv, como o de Kiev, serviu de refúgio para numerosas pessoas nos momentos mais intensos dos bombardeamentos.
As forças russas mantêm-se posicionadas a leste da cidade, e disparam sobre a sua zona leste e localidades vizinhas, indicou a AFP.
Por sua vez, os ucranianos instalaram novas linhas defensivas e postos de controlo rodoviário em redor da cidade, na perspetiva de um possível assalto russo.
A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito superior.
A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas -- mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,6 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também as Nações Unidas disseram que cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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