Polícia do Texas investigada por resposta ao ataque em escola de Uvalde
Objetivo é perceber se houve demora na resposta ao ataque perpetrado na escola de Uvalde.
© Reuters
Mundo Texas
As autoridades do Texas estão a investigar a atuação da polícia na escola de Uvalde, depois de um jovem ter entrado no edifício e atirado a matar sobre 19 crianças e dois professores, um dos crimes mais mortíferos nestas circunstâncias nos Estados Unidos.
A polícia reconheceu, esta quinta-feira, que o atirador não foi confrontado por qualquer polícia antes de entrar no edifício da escola e quer perceber se agiu rápido o suficiente para parar o atirador.
Victor Escalon, diretor regional do Departamento de Segurança Pública do Texas, admitiu que passou cerca de uma hora entre o momento em que o atirador entrou na escola e a chegada da equipa tática, treinada para estas situações, que viria a invadir a sala de aula e acabar por abater o suspeito.
De acordo com a prática de longa data, os oficiais de resposta são instados a confrontar os atiradores ativos imediatamente para evitar a perda de vidas.
Durante aqueles cerca de 60 minutos, Salvador Ramos teve tempo de atirar 25 vezes.
A investigação surge precisamente numa altura em que a demora da polícia norte-americana a entrar na sala de aula da escola está envolta em críticas.
Questionado sobre se os agentes deveriam ter invadido a sala mais cedo, Escalon explicou que: "Essa é uma pergunta difícil".
O chefe de polícia de Uvalde, Daniel Rodriguez, emitiu um comunicado na quinta-feira defendendo a resposta dos seus agentes ao tiroteio (sendo que dois deles ficaram feridos).
"É importante para nossa comunidade saber que os nossos oficiais responderam em minutos", defendeu.
Joaquín Castro, congressista eleito pelo Texas, já terá endereçado uma carta ao FBI, apelando para que a resposta das autoridades seja investigada, devido às informações contraditórias, relata a BBC.
Salvador Ramos entrou, na terça-feira, no estabelecimento de ensino munido com uma pistola e uma espingarda, vitimando 19 crianças e as duas professoras. Foi abatido pela polícia. Ainda em casa, disparou sobre a avó, que se encontra hospitalizada em estado crítico.
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