Os dois políticos discutiram questões relacionadas com a guerra na Ucrânia e as suas consequências, bem como a inflação e as "políticas de sanções erradas e perigosas de Bruxelas", disse o porta-voz de Orbán à agência noticiosa húngara MTI.
O mesmo porta-voz disse que Orbán e Le Pen apelaram à unidade dos "partidos europeus que representam valores tradicionais" para defender os cidadãos europeus em tempos de guerra.
O gabinete de imprensa do primeiro-ministro da Hungria não deu mais pormenores sobre a viagem de Orbán a França, nem sequer se irá ter outros encontros, segundo a agência espanhola EFE.
A Hungria opõe-se à inclusão do embargo petrolífero russo no sexto pacote de sanções da UE contra a Rússia devido ao impacto económico que teria no país, que depende dos fornecimentos russos.
O Governo de Budapeste exigiu à UE uma isenção do embargo durante pelo menos quatro anos e fundos para reequipar as infraestruturas energéticas da Hungria para poder receber petróleo de outras origens.
A proposta de novas sanções da UE contra a Rússia prevê prazos mais longos para a Hungria, a Eslováquia e a República Checa iniciarem o embargo à importação de petróleo russo, mas o impasse ainda não foi ultrapassado.
As novas sanções agravam as que a UE e países como os Estados Unidos, o Reino Unido ou o Japão têm decretado contra a Rússia desde que invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro.
A invasão desencadeou uma guerra que continua sem um balanço de vítimas após três meses de combates, mas que diversas fontes, incluindo a ONU, dizem que será elevado.
Ao intervir por vídeo no Fórum Económico Mundial em Davos (Suíça), na segunda-feira, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, apelou para o reforço das sanções contra a Rússia, incluindo um embargo petrolífero, o bloqueio de todos os seus bancos e a retirada das empresas estrangeiras do mercado russo.
Leia Também: Zemmour volta para liderar partido de extrema-direita nas legislativas