Monkeypox poderá evoluir? "Não estamos preocupados com uma pandemia"

A OMS está a considerar se o surto deve ser analisado como uma "potencial emergência de saúde pública de preocupação internacional", mas não está "preocupada" com uma pandemia.

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Notícias ao Minuto
30/05/2022 15:03 ‧ 30/05/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou, esta segunda-feira, que é pouco provável que um surto do vírus Monkeypox fora de África possa levar a uma pandemia. 

Num briefing, citado pela agência de notícias Reuters, sobre a propagação do vírus, Rosamund Lewis, especialista em varíola do programa de emergências da OMS, afirmou que ainda não foi confirmado se pessoas infetadas, mas assintomáticas podem transmitir o vírus. 

"Na verdade, ainda não sabemos se existe transmissão assintomática de Monkeypox - as indicações no passado têm sido de que esta não é uma característica importante - mas isto ainda está por determinar”, explicou.

Lewis acrescentou que a OMS está a considerar se o surto deve ser analisado como uma “potencial emergência de saúde pública de preocupação internacional”, à semelhança do que foi feito para a Covid-19 e a Ébola, de forma a acelerar a investigação e o financiamento para conter a propagação da doença. 

Questionada sobre se o surto de Monkeypox poderá evoluir para uma pandemia, Lewis frisou: “Não sabemos, mas não pensamos assim. Neste momento, não estamos preocupados com uma pandemia global”. 

De acordo com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), existiam, até 25 de maio, 118 casos de infeção pelo vírus Monkeypox em 12 Estados-membros da União Europeia (UE). Em Portugal, foram contabilizados esta segunda-feira 96 e aguardam-se “resultados relativamente a outras amostras”.

O vírus Monkeypox foi descoberto pela primeira vez em 1958 quando dois surtos de uma doença semelhante à varíola ocorreram em colónias de macacos mantidos para investigação, refere o portal do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês).

O primeiro caso humano de infeção com o vírus Monkeypox foi registado em 1970 na República Democrática do Congo, durante um período de esforços redobrados para erradicar a varíola. Desde então, vários países da África Central e Ocidental reportaram casos.

Apesar de a doença não requerer uma terapêutica específica, a vacina contra a varíola, antivirais e a imunoglobulina vaccinia (VIG) podem ser usados como prevenção e tratamento para a Monkeypox.

Leia Também: Monkeypox. Infeção pode durar mais tempo do que julgávamos, sugere estudo

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